Principais Características da Filosofia Moderna - Conhecimento Aplicado

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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Principais Características da Filosofia Moderna

O termo moderno antecede o período que começa no século XVII, e este termo dava a ideia de oposição ao antigo ou ao anterior, designando o actual, o presente, na verdade estabelecendo uma ruptura com a tradição.
Pode-se dizer que a filosofia moderna surge em contraposição a Filosofia Medieval, por exemplo, se a Filosofia Medieval era escolástica, teológica, a moderna era humanista e antropocêntrica, isto é, em vez de pensar Deus, ou do ponto de vista de Deus, pensa-se o homem.
Principais Características da Filosofia Moderna
Principais Características da Filosofia Moderna

Duas noções fundamentais estão ligadas ao moderno:
A ideia de progresso, que faz com que o novo seja considerado o melhor;
E a valorização do indivíduo, ou da subjectividade como lugar da certeza e da verdade.
Podemos dizer que quatro factores históricos principais podem ser atribuídos a origem da Filosofia Moderna:
1. O humanismo Renascentista do Século XV;
2. A descoberta do Novo Mundo (1492);
3. A Reforma Protestante do Século XVI;
4. A Revolução Científica do Século XVII.
Além disso, outros factores históricos contribuíram também para a formação do Pensamento Moderno, como o mercantilismo como surgimento de outro modelo económico e o surgimento e a consolidação dos Estados Nacionais (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Países Baixos). Ao Analisarmos esses factores históricos e as suas peculiaridades pode-se perceber quais as características da Filosofia Moderna.
O renascentismo tem sido visto como o detentor de uma identidade própria e que se desenvolveu uma concepção específica de filosofia que rompe com a tradição medieval.
Talvez o maior traço do renascentismo seja o humanismo. O renascentismo foi buscar o lema do humanismo no filósofo grego sofista Protágoras. “O homem é a medida de todas as coisas”. Esse pensamento faz uma ruptura com o pensamento medieval, que sempre analisava as coisas do ponto de vista do sagrado, de Deus, uma visão extremamente teocêntrica, onde a teologia era o pensamento dominante, mas com o renascentismo este teocentrismo é quase todo deixado de lado valorizando o antropocentrismo.
O Humanismo renascentista retoma a herança Greco-Romana tendo temas Pagãos como centrais, afastando assim a temática religiosa
O humanismo rompe com a visão teocêntrica e com a concepção Filosófica Medieval, valorizando o interesse pelo homem
Durante o renascentismo o homem passa a ter dignidade e não mais a ser visto como o homem caído como no contexto Medieval.
Essa mentalidade humanista levantada pelo renascentismo influenciou a filosofia, fazendo surgir um novo pensamento, a Filosofia Moderna.
A descoberta do Novo Mundo por Colombo contribuiu decisivamente para o descrédito da Ciência Antiga. Revelou a falsidade da Geografia Antiga desde a questão da verdadeira dimensão da terra até o desconhecimento de novos territórios, assim também como a desmistificação daquelas narrativas antigas sobre regiões desconhecidas que em nada correspondem aquilo que foi encontrado.
Outra questão foi o questionamento da suposta superioridade da moral cristã que é levantada por pensadores como Montaigne.
Montaigne levanta a questão do ponto de vista do indígena mostrando que eles ensinam uma lição sobre nós mesmos, são como espelhos, apontando as fragilidades e expondo às inferioridades do homem Europeu
O imaginário Europeu busca assim uma explicação sobre a Natureza desses povos que são essencialmente ambivalentes. 
A descoberta do Novo Mundo levantou uma filosofia Crítica a respeito da própria identidade do homem Europeu em contraponto aos povos descobertos nessas terras, pode-se dizer que a descoberta da América deu início não somente a História Moderna como também a filosofia Moderna.
A Reforma Protestante foi também grande contribuidora para a elaboração da modernidade, por exemplo, quando defende a ideia de que a fé é suficiente para que o indivíduo compreenda a mensagem divina nas Escrituras não necessitando de intermediação da Igreja, de teólogos, nem de concílios, representa na verdade a defesa do individualismo contra as instituições tradicionais, contra o poder adquirido e todos são colocados sob suspeitas.
A reforma aparece como representante da liberdade individual e da consciência como lugar da incerteza, contestando a autoridade institucional e o saber tradicional, posições que serão fundamentais no desenvolvimento do pensamento moderno, ideias essas que se encontram expressa no seu mais importante representante, Reneé Descates.
Em resumo podemos dizer que a reforma contribuiu para a Filosofia Moderna com a crítica à autoridade institucional; valorização da Interpretação da mensagem da Escritura, pelo individualismo; ênfase na fé como experiência individual, características essas marcantes na Filosofia Moderna.
Revolução Científica moderna tem seu ponto de partida na Obra de Copérnico, quando ele defende que o Sol e não a Terra é o centro do Universo, esse factor representa um dos factores mais marcante de ruptura, dando início a modernidade, exactamente porque ia de encontro com uma teoria estabelecida a vinte século, uma maneira na qual o homem Antigo e Medieval via a si mesmo e o seu mundo.
Na verdade o que se percebe é que o sistema heliocêntrico de Copérnico, rompe com o modelo Aristotélico-Ptolomaico, colocando o Sol como o centro do Universo e não a Terra.
Podemos dizer que duas grandes transformações levaram a revolução científica:
O Heliocentrismo
A valorização da observação e do método experimental.
A Revolução Científica Moderna rompe de facto com a Ciência Antiga.

Podemos dizer em síntese que a Revolução Científica rejeitou o modelo geocêntrico de cosmo substituindo pelo modelo heliocêntrico, deu à noção de espaço infinito, uma visão de natureza como possuindo uma “linguagem matemática”, ciência activa e ciência contemplativa Medieval. A Revolução científica pode ser considerada como uma grande realização do espírito crítico humano, talvez tenha sido o triunfo da racionalidade contra o obscurantismo medieval.

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